9 erros comuns na procura por trabalho

Encontrar trabalho em tempos de crise não é tarefa fácil. Às vezes, aquele ciclo de busca de emprego parece não ter fim e o candidato à vaga – seja mulher ou homem, segue sem entender porque não está se saindo bem nessa jornada. Esse tem sido um relato frequente nas redes sociais do Maria Vai e Faz.

Para tentar dar uma mão para estas Marias, conversamos com a especialista em Gestão de Pessoas Telma de Souza, de Curitiba. Ela comenta os erros mais comuns de quem está em busca de uma recolocação no mercado e como isso pode ser contornado.

Bora avaliar o que pode estar acontecendo?

1 – Desanimar no meio do caminho

Telma diz que esse costuma ser um dos maiores erros por parte de quem está procurando emprego. “É comum após um determinado tempo se sentir frustrado por não ter resposta aos seus e-mails, não receber ligações e convites para entrevistas”, pontua.  Se esse é o seu caso, é hora de avaliar se as estratégias de busca estão adequadas. “Esse pode ser um indicativo que algo não está correto”, diz.

2 – Não prestar atenção ao perfil da vaga

Se a candidata não tem os requisitos necessários para a vaga, não faz sentido se candidatar, pondera Telma. “Muitas vezes, na ansiedade de retornar ao mercado, é comum encaminhar o currículo para várias oportunidades acreditando que isso vai acelerar o processo de entrevistas”, assinala a especialista. Ela recomenda que as Marias que estão em busca de trabalho adequem seu currículo às necessidades dos potenciais contratantes, acrescentando ou retirando o que for mais apropriado para a vaga em questão. “Isso deixa o currículo mais assertivo para a análise do recrutador. Evite também currículos muito longos. O mais adequado é um currículo com no máximo duas páginas”, ensina.

3 – Ficar atrás do computador

Ficar atrás do computador esperando que apareçam novas vagas para se candidatar, segundo Telma, também é um erro comum entre candidatas. Ela salienta que, para que a recolocação aconteça, de fato, é necessário realizar muitas movimentações. “O uso das redes sociais é um ponto positivo, desde que seja utilizado com cuidado, se atentando para não participar de debates fervorosos que podem acabar queimando sua imagem nas redes sociais”, alerta.

Participar de cursos, palestras, workshops ou frequentar grupos de pessoas com as mesmas afinidades também é uma ótima maneira de fazer novos contatos. “Não precisa sair conversando com todo mundo, mas o ideal é encontrar pessoas certas como recrutadores, gerentes de RH ou pessoas do mesmo círculo profissional”, recomenda.

É por isso que o networking, enfatiza Telma, é tão importante. “Mesmo com as vagas disponibilizadas na internet, ainda existe uma enorme variedade de vagas que, em alguns casos por questões de confidencialidade, não são divulgadas. É através do networking que você pode ter acesso as acesso a essas vagas”, observa.

4 – Esquecer os contatos

Quem não é visto não é lembrado, não é? Telma recomenda reativar contatos para tentar dar um tiro certo na busca por trabalho. A estratégia pode envolver pessoas com quem você não tem contato há tempos, mas que podem ajudá-la nessa empreitada. Isso pode incluir, por exemplo ex-colegas de trabalho e professores.

5 – Não ter um pitch

Você já ouvir falar em pitch? É uma apresentação concisa muito usada por empreendedores para vender uma ideia, serviço ou produto a investidores. Telma explica que, ao ir para uma entrevista, é importante que a candidata esteja preparada com uma apresentação pessoal e profissional bem definida, como se fosse um pitch. Isso pode facilitar e muito seu desempenho. “O pitch é importante porque é comum chegar na hora da entrevista e ficar nervosa por saber que se está sendo avaliada. Às vezes, isso impede a pessoa de contar com clareza sua experiência e trajetória profissional”, comenta.

6 – Não pesquisar sobre os recrutadores

Ir para a empresa sem ter pesquisado o máximo de informações sobre o produto, cultura, história e concorrentes da empresa pode ser um tiro no pé, comenta Telma. Nesta busca, é importante ainda avaliar os valores da empresa. “Dessa forma é possível evitar futuros desgastes por trabalhar em um ambiente que não é condizente com os próprios valores”, afirma a especialista.

7 – Se sentir rejeitada

Acredite, esse tipo de sentimento pode colocá-la para baixo e afetar seu desempenho em outras seleções. Por isso, quando a resposta for negativa, não se sinta incompetente. Telma lembra que, em um processo seletivo, várias situações podem acontecer. “Em alguns casos o perfil da vaga pode mudar ou a empresa desiste de contratar porque remanejou outro colaborador para a vaga, ou, ainda, o processo seletivo foi colocado em stand-by. O mais importante é agradecer pela oportunidade e ficar disponível para futuras oportunidades”, recomenda.

8 – Cadastrar currículos em qualquer plataforma

Segundo a profissional de Gestão de Pessoas, é comum se cadastrar em consultorias de recursos humanos e não receber retorno. O ideal é que a candidata avalie se a plataforma em questão é adequada para o tipo de vaga que está procurando. Isso também pode influenciar nos resultados. “Existem vários tipos de consultoria, algumas consultorias trabalham com vagas operacionais, outras com vagas estratégicas e executivas”, diz.

9 – Culpar o cenário econômico

Telma assinala que muitos candidatos usam a situação econômica do país para justificar a falta de empregos. “Porém, além das mudanças na economia, também estamos passando por vários avanços na área tecnológica o que acaba impactando em alguns setores”, diz. Ela observa que isso não deve ser motivo de preocupação, já que, devido a essas mudanças, o mercado está exigindo novos conhecimentos por parte dos candidatos. “Por isso, é bom acompanhar as tendências do momento para se adaptar às novas mudanças e, se for necessário, se reinventar”.

E aí, gostou? O que mais você gostaria de saber que poderia te ajudar a ser uma Maria Vai e Faz? Conta pra gente!

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