QUAL O MELHOR INVESTIMENTO PARA O MEU DINHEIRO?
Na semana passada falamos sobre o redirecionamento que nossa vida financeira sofre quando conseguimos gastar menos do que ganhamos mensalmente e nos tornamos poupadores de dinheiro. Quando atingimos esta condição, somos capazes de determinar objetivos que almejamos conseguir através deste dinheiro poupado: um novo carro, uma viagem, uma aposentadoria confortável. Estes objetivos podem ser de curto, médio e longo prazo. Uma vez definidas estes objetivos, é necessário estabelecer as metas de quanto devemos poupar por mês e quantos meses levarão para atingi-los (se você ainda não leu, vale a pena conferir a coluna da semana passada).
Mas não basta apenas poupar. Precisamos proteger nosso dinheiro da desvalorização que ele sofre com o tempo, principalmente por causa do aumento dos preços, a temida inflação. Pense que cem reais hoje não são suficientes para comprar as mesmas coisas que conseguíamos comprar com os mesmos cem reais há um ano. É por isto que é necessário investir o que poupamos. Quando investimos, o que na prática estamos fazendo é emprestar dinheiro a alguém (a um banco, a uma instituição financeira ou ao governo) e por conta disto recebemos juros mensalmente. Se estes juros forem maiores do que a inflação, protegeremos nosso dinheiro da desvalorização e ainda conseguiremos chegar mais rápido aos objetivos que traçamos, afinal teremos um valor maior do que o planejado!
E qual é o melhor investimento? Tudo vai depender do quanto você está disposto a correr riscos. Infelizmente, não existe mágica: só se consegue grandes rendimentos em um investimento se este for de alto risco. O mercado de ações é um bom exemplo. Quando alguém compra uma ação de alguma empresa, a pessoa na prática se torna sócia dela. Se a empresa vai muito bem, lança um produto inovador, cresce no mercado, o dinheiro investido nesta ação pode dar rendimentos estratosféricos. Agora, se acontecer alguma coisa que impacte negativamente esta empresa ou ela quebrar, a pessoa que comprou esta ação pode perder todo o seu investimento. É por isto que o mercado de ações é um investimento de renda variável. Só deve fazer este tipo de investimento quem tem sangue frio para resistir a altas emoções e estiver disposto a aprender bastante sobre este mercado e as empresas em que vai investir.
Se você não é do tipo disposto a correr tanto risco, fique tranquilo. Há boas alternativas de investimento em que temos a garantia de ao menos recuperar o dinheiro investido. São as modalidades de renda fixa. A mais fácil e por isto mais popular entre os brasileiros é a Caderneta de Poupança. Oferecida por todos os bancos, é extremamente simples de investir e nem imposto de renda é cobrado sobre seu rendimento. Porém por conta desta facilidade e por ter o menor risco entre todas as modalidades, há uma grande desvantagem: é o investimento que gera o menor retorno. Nos últimos 12 meses, seu rendimento ficou em 6,36%. Em períodos de maior inflação, o rendimento da poupança pode não ser suficiente para proteger seu dinheiro da desvalorização.
Existem outros investimentos de baixíssimo risco, fáceis de realizar e com rendimentos melhores do que a Caderneta de Poupança. Um deles é o CDB, oferecido também por todos os bancos. Quando você aplica dinheiro no CDB, é como se você estivesse emprestando dinheiro ao banco. A segurança é dada pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) do Banco Central, que assegura o dinheiro do investidor caso aconteça algum problema, como a falência do banco, até o limite de 250 mil reais. Nesta modalidade, entretanto, é cobrado imposto de renda sobre os rendimentos, por isto se você se interessar e for conversar com o gerente do seu banco a respeito, deve perguntar a ele se o CDB rende pelo menos 100% do CDI (CDI é uma taxa de referência utilizada pelos bancos, não confunda com o CDB). Em caso contrário, a Caderneta de Poupança acaba sendo mais vantajosa.
Há uma outra modalidade de investimento em renda fixa, muito fácil e com rendimentos bem atrativos: o Tesouro Direto. É uma modalidade tão boa que vale uma coluna somente sobre ela. Faremos isto semana que vem. Até a próxima!