Estudo revela ação anti-inflamatória e antioxidante da própolis
Um estudo recente publicado por pesquisadores Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP em Piracicaba, feito em apiários no sul do Paraná e norte de Santa Catarina revelou inúmeros benefícios da própolis orgânica brasileira. Entre os benefícios comprovados no estudo estão ação anti-inflamatória, antioxidante, antibacteriana e até anticancerígena.
A própolis – tipo de substância resinosa obtida pelas abelhas através da colheita de resinas da flora da região, e alteradas pela ação das enzimas contidas em sua saliva – é muito comum ser usada pela população para garganta inflamada e, com a pesquisa, os dados científicos comprovaram que o conhecimento popular tinha uma dose de razão, uma vez que possui propriedades químicas com potencial farmacológico para várias doenças.
No território nacional, de acordo com a pesquisa, há pelo menos 13 variantes, mas para ser considerada orgânica, as flores, brotos e cascas de onde são coletadas as substâncias devem respeitar a ordem natural de produção, sem adição de agrotóxicos ou pesticidas. Ao longo do estudo, foram utilizadas 78 amostras colhidas em áreas de preservação permanente e zonas de reflorestamento, evitando assim áreas contaminadas.
Em laboratório, a própolis se mostrou capacidade anti-inflamatória e antibacteriana, apresentando ainda ação contra diversos tipos de micro-organismos: o Streptococcus mutans e S. sobrinus — agentes associados ao desenvolvimento da cárie; o Streptococcus oralis — que induz ao surgimento da placa bacteriana e à endocardite (doença infecciosa do coração); o S. aureus — que pode causar acne, furúnculos, celulite e doenças graves como meningite e pneumonias; e o Pseudomonas aeruginosa — patogênico oportunista associado às infecções hospitalares.