UEM é a primeira no Brasil e segunda no mundo com mais cientistas mulheres
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) é a que tem mais cientistas mulheres no Brasil e a segunda do mundo, de acordo com o Leiden Ranking. O levantamento foi feito pelo Centro de Estudos da Ciência e Tecnologia da Universidade de Leiden, na Holanda. O ranking leva em consideração artigos catalogados pela Web of Science, banco de dados que reúne pesquisas científicas do mundo todo.
A UEM se destacou na produção de artigos por produzidos por mulheres em áreas como Física e Engenharia, fato que posicionou a universidade entre as mais produtivas do País em pesquisas na área.
Segundo dados divulgados pela Organização de Estados Ibero-americanos (OIE), o Brasil é o país íbero-americano com maior porcentagem de artigos científicos assinados por mulheres como autoras principais ou como co-autoras. Entre 2014 e 2017 o País publicou 53 mil artigos, 72% deles produzidos por mulheres.
Segundo o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, as pesquisadoras são o motor de funcionamento das instituições. “Temos muitas pesquisadoras nas universidades estaduais e isso contribui para que as instituições se destaquem em avaliações e premiações nacionais e internacionais. O resultado é decorrente do apoio do Governo do Estado e do excelente trabalho desenvolvido pelos programas de mestrado e doutorado das universidades”.
A produção acadêmica nas universidades estaduais tem crescido e é fruto do investimento em ensino, pesquisas científicas e das atividades desenvolvidas junto às comunidades. “A formação que oferecemos aos nossos alunos integra ensino, pesquisa e extensão em todas as áreas do conhecimento. Isso faz com que a universidade se fortaleça e melhore seu desempenho em diferentes rankings e classificações”, destacou o reitor da UEM, Júlio César Damasceno.
A professora do Departamento de Informática da UEM Linnyer Beatrys Ruiz Aylon acredita que há muito a ser comemorado. Ela destaca que as mulheres cientistas têm uma rotina invisível, dividindo o tempo entre os experimentos, as aulas, os cuidados com a família e outros tantos papéis sociais.
Linnyer concorda que fazer ciência é sempre um pouco mais complicado para as mulheres. “Por tudo isso, considero o ranking espetacular. Ele reflete bem os esforços que temos feito para nos destacarmos na ciência”.
Linnyer recebeu, em 2013, o prêmio IEEE Women in Engineering, entregue pelo Institute of Eletrical and Eletronics Engineers. A premiação foi um reconhecimento por sua contribuição na área de sistemas de computação, que está inserida na intersecção da ciência da computação e da microeletrônica e pela representação das mulheres na ciência.
BALANÇO – As sete universidades estaduais do Paraná fecham 2019 posicionadas entre as principais instituições de ensino superior em todas as avaliações educacionais nacionais e internacionais.
A mais recente, o Índice Geral de Cursos (IGC), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), instituição vinculada ao Ministério da Educação, aponta as universidades estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG), do Centro-Oeste (Unicentro), do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Norte do Paraná (Uenp) entre as melhores do Brasil.
As universidades também ganharam destaque no Emerging Economies University, Latin America University Rankings 2019, World University Rankings 2019 e no Regional Rankings Latin America 2020, todos organizados pela revista inglesa Times Higher Education.