Araponguense diagnosticada com câncer, congela óvulos para poder ser mãe

Receber o diagnóstica de câncer de mama é sempre um choque na vida de uma mulher, especialmente quando ela é muito jovem. Isso porque o tratamento de quimioterapia pode causar a infertilidade. Assim, para driblar esse risco, muitas pacientes têm recorrido ao congelamento de óvulos. A técnica prevista na medicina reprodutiva já permite que essas pacientes tenham mais chances de realizarem o sonho de ser mãe.

A dentista Lorena Alexandrino, moradora de Arapongas, foi diagnosticada com câncer em 2015, aos 25 anos. Ela tinha uma grande sonho de se tornar mãe, mas com o diagnóstico ficou muito abalada e logo buscou a técnica do congelamento de óvulos.

“Em fiquei sem chão e com medo de não poder engravidar depois do tratamento. Naquele momento em pensava em tratar a doença, mas também em não abrir mão da maternidade. O congelamento de óvulos foi a melhor alternativa que eu e meu marido encontramos e também foi o que me deu ainda mais força para enfrentar o tratamento”, destacou Lorena, que fez o procedimento dez dias depois de saber sobre o câncer de mama.

Ela encerrou o ciclo de sessões de quimioterapia em 2016. Desde então toma medicamento que induzem a menopausa. “Meu tipo de câncer tem receptor hormonal positivo para estrogênio e progesterona. Então eu estou vivendo uma menopausa induzida, onde eu não posso menstruar, nem ovular e engravidar durante cinco anos”, conta Lorena. A dentista agora planeja sua aguardada gestação para daqui três anos.

“Eu adoro criança e morro de vontade de ser mãe. É muito bom saber que meus óvulos estão lá me esperando, preservados. É um alívio saber que eu estou bem e que logo eu vou poder construir uma família com o meu marido”, conclui a araponguense.

Efeitos da quimioterapia podem causar infertilidade

Com a ação da quimioterapia, que atua para eliminar o tumor, as células germinativas também são afetadas, conforme explica o médico especialista em reprodução humana Dr. Vinícius Stawinski.

“A reprodução assistida trabalha para que mulheres diagnosticadas com câncer possam realizar a preservação da fertilidade. Quando elas são submetidas aos tratamentos de quimioterapia, radioterapia e cirurgias, tudo isso pode gerar falência ovariana e assim elas tornam-se inférteis”, destacou o profissional, que atendeu Lorena e executou seu procedimento de congelamento.

Segundo ele, para muitas mulheres o diagnóstico de câncer é interpretado como sentença de morte. “A única preocupação naquele momento é a sobrevivência, mas tudo depende do estágio do câncer, da descoberta rápida, por isso a importância das campanhas de conscientização do Outubro Rosa. Com o devido tratamento, a mulher se recupera. Existe vida pós câncer, sendo possível, inclusive, gerar um vida”, destacou o médico. (Com informações RIC MAIS).

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