Ex-prefeito de Astorga e mais três pessoas são presos preventivamente
O ex-prefeito de Astorga Arquimedes Ziroldo (Gestões 2009-2012 e 2013-2016), foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira, 12, durante uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)
Outras três pessoas fora apreendidas no âmbito da “Operação Alavanca”, que apura a atuação de consórcio público usado ilicitamente por organização criminosa que fraudava licitações para obter vantagem indevida. Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra os investigados.
De acordo com a apuração, conduzida pelo Núcleo de Londrina do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) e pela Promotoria de Astorga, municípios da região constituíram o Consórcio Público Intermunicipal de Inovação e Desenvolvimento do Estado do Paraná (Cindepar) – sediado em Astorga e presidido pelo ex-prefeito preso na operação – com a finalidade de viabilizar contratações centralizadas pelas administrações públicas para a realização de obras, principalmente de asfaltamento. Verificou-se que as empresas contratadas eram na realidade de propriedade do próprio ex-gestor.
Os investigados atuavam criando empresas frias para participarem de licitações, violando o sigilo dos procedimentos, obtendo vantagem para contratar com o poder público, em prejuízo da concorrência e do Município.
Além do ex-prefeito, foram presos dois de seus filhos que atuaram na organização das atividades ilícitas, e um “testa de ferro”. Os mandados foram expedidos pelo Juízo de Astorga e cumpridos em Astorga, Rolândia, Londrina e Pitangueiras em sete residências, cinco escritórios e no escritório da Cindepar, localizado na Prefeitura de Astorga. São investigados os crimes de organização criminosa, fraude à licitações, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro. Durante o cumprimento dos mandados, um dos filhos do ex-prefeito destruiu documentos relacionados aos fatos por isso responderá também pelo crime de supressão de documento.
Além da prisão e da busca e apreensão, foram determinadas pelo Juízo medidas restritivas de suspensão de renovação e de novas contratações com o poder público, proibição de frequência ao Consórcio, de contatos entre os investigados, além de outras vedações.
Fonte: Ministério Público do Paraná