Rapaz que atropelou Vanessa do Prado confessa que ingeriu bebida alcoólica
O motorista Rodrigo Batisttoni, 20 anos, que atropelou e matou Vanessa do Prado, 33 anos, na madrugado do dia 3 de março, na rua Francelho próximo a igreja São Vicente Pallotti, em Arapongas, disse em depoimento divulgados pela RPC, filiada a Rede Globo, nesta terça-feira (11) que ingeriu bebida alcoólica antes do acidente.
O jovem contou que bebeu uma lata de cerveja antes do atropelamento, e que estava na companhia de amigos na Praça Mauá.
Rodrigo foi escoltado até o Fórum para prestar depoimento na tarde da última segunda-feira (10). A juíza responsável pelo caso questionou o jovem sobre o momento do acidente, Rodrigo contou a magistrada que perdeu o controle do veículo quando foi pegar a carteira que havia caído no chão do carro.
“Fui subindo a rua e entrei a direita, porque tinha um quebra mola e eu passei devagar porque meu carro é baixo, ai eu continuei (sic) Fui pegar minha carteira que estava perto do meu pé, na hora que eu fui pegar eu senti a colisão”, contou o jovem.
A juíza ainda pergunta se Rodrigo chegou a ver a vítima e ele afirma que não. Logo em seguida a magistrada questiona o jovem porque ele não parou para prestar socorro à Vanessa e Rodrigo responde que ficou com medo porque viu muita gente se aproximando do local do acidente.
“Eu segui em frente e dei uma parada. Eu consegui ver pelo retrovisor do carro que era uma pessoa que estava caída. Tinha um pessoal envolta dela (sic) e o pessoal que estava saindo da igreja era muita gente, daí eu fiquei assustado e fui para casa”, relatou Rodrigo.
A juíza ainda questiona Rodrigo se ele não teve curiosidade de saber sobre a vítima e porque ele viajou logo em seguida. Em resposta, Rodrigo argumentou que sua avó estava doente e foi visita-la “Só fiquei sabendo da vítima, quem era, através da televisão na segunda-feira. Até então não tinha falado com ninguém eu estava com medo e em choque”, contou o jovem à magistrada.
Já sobre os reparos que foram feitos no carro que Rodrigo conduzia no dia do atropelamento, o jovem disse que não enviou o carro para o conserto. “Sinceramente eu não mexi no carro”, disse o jovem a juíza.
Mas o laudo da Polícia Científica apontou que o veículo passou por reparos antes de ser entregue a Polícia Civil. O delegado Ricardo Jorge no início das investigações disse que o laudo oficial da perícia reforçava a acusação de que Rodrigo Batistoni alterou o veículo para atrapalhar as investigações, e a atitude confirmava o crime de fraude processual.
Agora a juíza abriu prazo para a defesa e acusação se manifestarem e depois ela deve decidir se Rodrigo será processado pelo crime de trânsito ou por homicídio.