Rose do sindicato – 40 anos de dedicação aos trabalhadores

Ela se chama Roselina Mascarenhas, mas é mais conhecida como Rose do Sindicato. A história dessa mulher se funde com a história da instituição onde trabalha – o STICMA (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Arapongas). São 40 anos atendendo e orientando os trabalhadores de Arapongas e região.
Como muitas mulheres, Rose precisou começar a trabalhar desde muito cedo e foi em 1978 que conseguiu seu primeiro emprego. Em maio de 78, ela se tornou a primeira funcionária do STICMA, ainda na sede antiga que ficava na rua Apterix.
Rose conta que no início não conhecia a rotina de um escritório tampouco entendia de legislação trabalhista. Tudo o que ela aprendeu foi no decorrer do tempo e com a prática do dia a dia.
“Não sabia nada, mas com muita determinação e perguntando aos amigos que já trabalhavam em escritórios fui realizando minhas funções”, comenta Rose.
Hoje no STICMA ela cuida da parte do financeiro, auxilia o presidente e ainda atende os trabalhadores na recepção. Mas para chegar até esse ponto da vida profissional, a secretária executiva (como ela se nomeia) teve que passar por muitas coisas. Ela lembra que no início da fundação do STICMA a sede na época não tinha estrutura como tem hoje, a água era de poço e depois das 15 horas tinha que ir ao Parque Industrial conversar com os trabalhadores para divulgar as funções do novo sindicato.
“Saia a tarde e ia até as empresas falar com os funcionários. Falava com um por um explicando sobre o sindicato que havia recém instalado na cidade. Ninguém conheci sindicato, então tinha que levar essa informação”, relembra Rose.
Outra mudança que houve no decorrer desses 40 anos de profissão foi a ajuda que a tecnologia proporcionou e proporciona. Rose fala com alívio do surgimento do computador, internet e máquina de fotocópia. “Antes do computador tínhamos que utilizar máquina de escrever, mimeógrafo – era um baita sufoco”, destaca.
Mas mesmo com as dificuldades da época, Rose insistiu em continuar no sindicato. Ela ressalta que ama o que faz e vê em sua função uma maneira de ajudar o próximo. ‘‘Muita gente chega aqui perdida sem saber dos seus direitos. Muita gente é enganada pelos patrões e aqui temos a oportunidade de ajudar a reverter as injustiças causadas ao trabalhador”, diz Rose emocionada.
“Isso aqui é minha vida. São 40 anos dedicados com muito amor ao meu trabalho. É gratificante acordar todos os dias de manhã e poder vir trabalhar, saber que de uma forma ou de outra vamos fazer a diferença na vida de alguém”, finaliza Rose.