Mesmo com baixo risco de epidemia para dengue Arapongas mantem alerta, diz Controle de Endemias

A Secretaria Municipal de Saúde, através do Controle de Endemias, realizou no final da tarde da última sexta-feira (13), no auditório municipal, uma reunião do Comitê Gestor Intersetorial, onde foram divulgados dados relacionados ao Levantamento Rápido do índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), além de outras informações sobre a atuação no setor em Arapongas, distrito de Aricanduva e Campinho. Conforme o relatório, Arapongas apresenta LIRAa de 0,2% – considerado baixo risco de infestação pelo mosquito Aedes aegypti – causador de doenças como dengue, zica e chikungunya. No último levantamento registrado em fevereiro deste ano, o município apresentava índice de 2.4% (risco médio) – conforme preconiza o Ministério da Saúde.

Demais dados mostram que no segundo quadrimestre de 2019 foram realizadas 81.978 visitas, das quais 676 em pontos estratégicos (cemitério, ferros-velhos e borracharias), 100 registros de notificações, 538 supervisões, 320 denúncias ou reclamações, além de 161 palestras educativas em empresas, escolas, entre outros. Ainda conforme o setor, o município foi dividido por regiões, onde 2.018 imóveis foram pesquisados e vistoriados, em 39 bairros.

“Esse é um trabalho essencial para que tenhamos um diagnóstico eficaz da situação da dengue em Arapongas. Atuações que contam com a atuação dos nossos agentes de combate a endemias, mas também com a cooperação da comunidade. É sempre importante ressaltar que a conscientização de cada morador, para que mantenham os quintais limpos, longe de focos que facilitem a proliferação do mosquito. Obtivemos um índice baixo, mas mesmo assim as atenções e cuidados devem permanecer. Não podemos nos descuidar quando o assunto é saúde”, orienta o coordenador do Controle de Endemias, Valdecir Pardini. Ele reforça ainda que Arapongas conta com mais de 70 agentes, devidamente uniformizados e identificados para as ações de vistorias domiciliares.

Campinho e Aricanduva

Em relação à mesma pesquisa, a área rural do Campinho teve 100% dos imóveis vistoriados, em um total de 116 residências. Por lá, o LIRAa apresentou índice de 2,6% (risco médio). Já no distrito de Aricanduva, 181 imóveis foram verificados, com dados que apontam índice de 0,0%.

“No Campinho, constatamos sinais de alerta. Foram localizados focos em lixos, depósitos de água parada, entre outros. Por isso, pedimos e reforçamos a atenção naquela região. Situação diferente em Aricanduva, contudo, em todos os lugares vamos nos manter em alerta e cuidados precisos”, acrescenta Pardini.

Lixeiras Ecológicas

Na oportunidade, foi apresentado também o projeto para instalação de lixeiras ecológicas (confeccionadas com galões de água potável) – ação modelo desenvolvida no município de Paranaguá. Recentemente, uma comitiva de Arapongas esteve no município para conhecer de perto os serviços. O intuito é adaptar o mesmo sistema ecológico e sustentável para maior auxílio na limpeza urbana de Arapongas.

“Em uma junção de esforços, entre a Secretaria de Saúde, Meio Ambiente e Educação, queremos buscar medidas para a confecção e instalação dessas lixeiras, inicialmente nos prédios públicos, como escolas e Praças”, explicou Pardini.

Conforme o gerente da Usina de Reciclagem, todos poderão contribuir com o projeto. “Vamos definir nas próximas semanas uma data e local de arrecadação dos galões, que serão transformados em lixeiras. Até lá, a população que interessada poderá armazenar de maneira correta os galões que não têm mais utilidade e, assim, fazer o descarte regular dos mesmos no dia da coleta”, explica.

A apresentação do projeto contou também com a presença da coordenadora de Projetos da Educação, Márcia Quinhone, agente de endemias Daiane de Souza e professora Joelma Martins.

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