Estudantes usam tecnologia no combate ao mosquito da dengue

Usar o celular como aliado no combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti. Essa foi a proposta feita aos alunos da quarta série do Curso Técnico em Informática integrado ao Ensino Médio do Colégio Estadual Malvino de Oliveira, em Porecatu (Norte).

Desde o início do ano, cerca de 25 estudantes, orientados pelo professor de Informática Carlos Eduardo Ortega, vêm mapeando, por meio de um aplicativo gratuito já existente, focos de criação do inseto. Segundo o docente, a ideia foi unir a tecnologia ao trabalho de conscientização e combate ao mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

A iniciativa foi bem recebida e aprovada pela turma, que se empolgou com a possibilidade de aprender um conteúdo didático, –neste caso a respeito do Aedes aegypti, de forma prática e ainda contribuir para o bem-estar da comunidade. Com o aplicativo instalado nos celulares, os estudantes passaram a fazer o georreferenciamento de focos encontrados. Além disso, produziram armadilhas caseiras, lançando mão de itens como lixas, fita isolante, garrafa pet e microtule.

“Eu fiz o contato com os alunos e eles gostaram da ideia de utilizar o aplicativo e criar as armadilhas. Então, começamos a fazer esse trabalho de conscientização””, conta Ortega.

Com os focos de criação do mosquito registrados, os alunos criaram cerca de 40 armadilhas que foram distribuídas pela cidade e mapearam os locais dos criadouros para fazer o acompanhamento.

INICIATIVA AMPLIADA –- A equipe vem participando de feiras para divulgar o trabalho. O próximo passo é ampliar o projeto para as escolas municipais da região. Também deve ser firmada uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, a fim de refinar as estatísticas municipais sobre o Aedes aegypti.

O estudante Lucas Tenan, do último ano do Curso Técnico em Informática, é um dos participantes. Ele, que já teve dengue, sabe da importância da prevenção e abraçou a ideia logo no início. Tenan espalhou três armadilhas no quintal de casa. Além de ajudar no cuidado com a saúde, o estudante diz que a proposta expande o processo de aprendizagem dos alunos.

““Eu achei a iniciativa muito boa, principalmente porque ajuda a conscientizar as pessoas da cidade. Tem sido um trabalho bem diferenciado, já que o aluno aprende coisas para a vida inteira. Deu tão certo que eu indiquei para vários conhecidos””, avalia o jovem de 18 anos.

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