Movimenta Preta homenageia 30 mulheres negras
Políticas públicas para promoção da igualdade, representatividade, combate ao racismo e acesso à educação e cultura foram alguns dos assuntos presentes no discurso das 30 mulheres negras homenageadas quinta-feira (18), no miniauduitório do Museu Oscar Niemeyer (MON).
A ação abriu o Movimenta Preta, programação promovida pela Superintendência Geral da Cultura em parceria com a Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho e apoio do Conselho da Promoção de Igualdade Racial (Consepir), cujo objetivo é dar visibilidade ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e ao Dia Nacional Tereza de Benguela e da Mulher Negra (ambos celebrados no dia 25 de julho).
Vice-presidente do Consepir, Edna Aparecida Coqueiro ressaltou que o reconhecimento das mulheres negras deve ser amplo, e luta para que o seu exemplo de militância no Movimento Social Negro “contamine a todas, no bom sentido, para continuarmos a luta, fazer a diferença”.
O presidente do Conselho, Saul Dorval da Silva, frisou a importância das políticas públicas na área e também o repasse, pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior, de R$ 2 milhões da Secretaria de Estado da Fazenda para o Fundo Estadual de Promoção da Igualdade Racial. “O Governo do Paraná está sendo parceiro nessa luta por igualdade”, afirmou.
O diretor de Justiça, Cidadania e Trabalho, da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Antonio Sevechi, falou sobre a prioridade no atendimento da pasta aos mais vulneráveis e destacou o papel dos negros na formação do Brasil. “Deram uma contribuição gigante para a formação do país”, afirmou.
Estiveram também na solenidade a Coordenadora de Ação Cultural e Economia Criativa, Mariana Souza Bernal, e o cônsul-geral do Senegal nos estados do Paraná e Santa Catarina, Oseil Moura dos Santos. “A única inserção do negro se faz pela educação e cultura. Por isso, parabéns pela nossa luta”, disse o cônsul.
HOMENAGEADAS – De áreas distintas, as homenageadas integram diversas frentes dentro do Movimento Social Negro, como liderança comunitária, quilombola, atuação em promotoria popular, saúde pública, pesquisa, feminismo negro, entre outros setores.
Gabriela Grigolom Silva, poeta e organizadora do 1º Slam de Resistência Surda, com o auxílio de um intérprete de libras, falou sobre a luta enquanto mulher negra e surda. “Estamos lutando para que a acessobilidade seja ampla em todos os meios culturais”.
Pedagoga, mestre em educação e promotora legal popular, Willzeli Rejane do Amaral encerrou as homenagens da noite. “Quero reforçar todas as palavras dessas mulheres negras maravilhosas. Somos guerreiras e resistentes, senão não estaríamos aqui. Estamos construindo uma rede que ninguém há de destruir”.