Cresce o número de atendimentos por doenças típicas de outono e inverno em Arapongas
Com a chegara do outono, as doenças típicas da estação como as infecções respiratórias já começam aparecer com mais frequência. Como a temperatura começa a diminuir, o tempo tende a ficar mais seco as crianças são as que mais sofrem.
Na última segunda-feira (25) um grande fluxo de pacientes foi verificado no Pronto Atendimento Infantil (PAI). Segundo a diretoria PAI e a Secretaria de Saúde do Município de Arapongas nesta data o número de consultas foi três vezes maior. E o motivo está relacionado diretamente com os problemas da estação do ano.
“O outono e o inverno são ideais para a ação dos ‘vilões’ nessas estações. A associação da diminuição da temperatura, da baixa umidade relativa do ar e do maior nível de poluição atmosférica aumentam os casos de doenças respiratórias infecciosas, inflamatórias e alérgicas”, explica o secretário de Saúde, Moacir Paludetto Júnior.
Doenças comuns
Os problemas mais comuns são as infecções respiratórias. Entre as principais enfermidades do gênero estão a gripe e o resfriado, que costumam ser confundidos. A gripe é causada somente pelo vírus influenza, enquanto os resfriados, por muitos outros, como o rinovírus. A gripe é mais grave. “Além dos sintomas de resfriado, como coriza, mal-estar e dor no corpo, costuma dar febre alta e a pessoa fica de cama”, frisa Moacir Paudetto.
A gripe é altamente contagiosa e pode ser transmitida quando o doente tosse ou espirra. Um adulto pode passar a doença desde um dia antes de apresentar os sintomas até, geralmente, cinco dias depois.
As crianças podem transmitir por mais tempo: de sete a dez dias. Não há tratamento específico para os resfriados, apenas para a gripe. Os sintomas das duas patologias são amenizados com os populares antigripais. A Secretaria de Saúde salienta ainda que ambos os quadros citados podem levar a um quadro febril, sendo este persistente em até 48h.
Em casos de surgimento de febre, com duração superior às 48h, é indicado consulta médica para avaliação da necessidade ou não do uso de antibióticos. Em casos onde há a necessidade de antibióticos, a febre pode persistir até 48h do início da medicação. Sendo assim, uma boa avaliação de que o antibiótico esteja fazendo efeito é o espaçamento do quadro febril.
Na persistência da febre após o período mencionado, o médico deve reavaliar o quadro.
Atendimentos no PAI
O PAI está com sua escala de médicos completa 24h por dia e funcionando normalmente com exames laboratoriais e Raios-x. “A relativa lentidão do atendimento se dá pela alta demanda de consultas, sendo sempre prioritários os casos que indicam maior gravidade. Lembramos ainda que as que crianças requerem atenção redobrada. Sendo assim, cada uma será atendida da melhor maneira”, destaca o secretário.
As 29 Unidades Básicas, assim como os três Pronto-Atendimentos 18h, estão capacitadas para atender qualquer criança, sendo o PAI a referência de toda a cidade.
É possível que o tempo de espera para o atendimento cause transtornos, conforme o alto fluxo de pacientes.
“A diretoria do PAI/UPA está monitorando o fluxo alto de pacientes e não vem medindo esforços para que possa restabelecer a normalidade, inclusive acrescentando em sua escala mais médicos capacitados para o atendimento pediátrico quando necessário. Reforçamos a prudência e prioridade no atendimento de crianças com quadro de maior gravidade. Contamos com a compreensão de todas as famílias e estaremos à disposição sempre que solicitados”, encerrou Paludetto Júnior.