Polícia cumpre mandados em empresas suspeitas de descarte ilegal de óleo queimado

Empresas que fazem a coleta, armazenamento e o rerrefino de óleo lubrificante usado e contaminado de forma irregular são alvos de uma megaoperação deflagrada pela Polícia Civil do Paraná nesta terça-feira (26) em nove estados do país.

Policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE), unidade de elite da Polícia Civil do Paraná, cumprem 49 mandados de busca e apreensão. A operação, batizada como “Oluc” acontece no Paraná, Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina e Minas Gerais. Cinco pessoas foram presas em flagrante e mais de 78 mil litros de óleo queimado foram apreendidos.

Esta é a primeira fase da operação do Cope que tem como objetivo cessar a atuação destas empresas que fazem um descarte ilegal do óleo lubrificante, que é usado, por exemplo, em motores automotivos e em vários processos industriais. O Cope suspeita da atuação de uma quadrilha que atua em todo o Brasil fazendo a venda de “combustível batizado”, que mistura óleo queimado com Diesel. A legislação ambiental assim como a Agência Nacional de Petróleo prevê a destinação legal para o “óleo queimado”.

Em 2005, o Conselho Nacional do Meio Ambiente editou uma resolução determinando que todo o óleo usado tenha como destino o rerrefino que é um método seguro para a reciclagem do óleo usado.

De acordo com a ANP, 12 empresas estão aprovadas para recolher o óleo usado e 13 outras empresas autorizadas a fazer o rerrefino – espécie de reciclagem do óleo evitando danos ambientais. Além disso, 37 locais estão autorizados pela agência para estocar o óleo e existe até uma listagem de veículos que podem circular com este material.

No entanto, a investigação do Cope comprovou que na prática empresas que não obtém esta autorização da ANP manipulam e transportam o óleo lubrificante provocando danos ao meio ambiente – com risco de explosão. Durante a investigação, os policiais flagraram caminhões sem qualquer tipo de licença para fazer o transporte de óleo usado e ainda estocando em tambores dentro de casa.

A operação do Cope conta com o apoio das unidades das polícias civil dos outros oito estados onde os mandados de busca estão sendo cumpridos e ainda da Agência Nacional do Petróleo e do IBAMA. O nome, Oluc, é uma abreviação de Óleo Lubrificante usado ou contaminado.

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